SECRETS - CAPÍTULO 24 - I MISSED YOU







Depois apago totalmente,  não  vi nem a hora que ele gozo.

ACORDO COM O barulho de trânsito. Não demorou muito pra eu lembrar que estava em nova york, a cidade que nunca dorme. 
Passei a mão pelo meu cabelo que estava em um estado deplorável. Iria me lembrar de desembaraçar na hora do banho.
Mãe, ela sempre penteava meus cabelos, por mais que tivesse um caos.
Levantei da cama  e coloquei o roupão. No quarto não tinha sinal do Justin, então fui pra sala onde encontrei ele conversando com o Chaz. Chaz? O que ele estava fazendo aqui?
Lucy: Chaz, o que você está fazendo aqui?
Chaz: Lu, bom te ver também.- ele puxa e eu Caio em seu colo  e ele me enche de beijos
Justin: Que porra essa? Larga ela Chaz. - Justin me tira do colo do Chaz bruscamente.
Lucy: Ai.
Chaz: Opa, desculpa.
Ao longo do namoro com o Justin eu tinha pegado muito intimidade com o Chaz, aliás com todos os meninos. O meu preferido era o Mike, eu sempre falo muito com ele e apesar de ser um dos meus favoritos é o que o Justin sempre sentia mais ciúmes. Cismava em dizer que a nossa amizade não é apenas uma "amizade".
Lucy: E ai, o que está fazendo aqui? Pensei que estava no Canadá.
Chaz: E estava, porém vim resolver algumas coisinhas aqui.
Lucy: Ah ta. E como está sua família?
Chaz: Bem na medida do possível.
Justin: Vá se vestir, vamos jantar fora.
Lucy: ta.
Não demorei muito. Coloquei uma calça já que estava fazendo muito frio, uma blusa e um sobretudo por cima. E claro não deixei meu cabelo solto de jeito nenhum. Fiz um coque bonitinho e coloquei uma maquiagem bem básica. Justin estava pronto e o Chaz também. Deve ter se arrumado aqui.
Quando saímos do prédio Justin pediu que trouxessem o carro dele. Ele entrou no carro e o Chaz abriu a porta do fundo pra mim e tomou o lugar de passageiro.
Lucy: Vamos em que restaurante? Eu conheço um bem legal e...
Chaz: relaxa, eu conheço um melhor ainda. - ele virou e piscou pra mim.
Eu não tinha muito o que falar. O Justin estava bem calado, na verdade, pensativo demais. Fiquei olhando as ruas de Nova York pela janela e lembrando da última em que estive aqui com o Louis.
FLASH BACK ON
Louis: lembra quando você tinha 4 anos e toda a família veio pra cá?
Lucy: Como não lembrar? Foi muito legal.
Louis: legal foi a parte em  que você caiu no meio do Central Park, e começou a chorar porque todas as crianças que estavam ao redor viu.
Lucy: Seu besta.- empurro ele- não foi nada legal.
Louis: Aham. - ele rir- nunca vi pessoa mais escandalosa.
Lucy: Com certeza você já viu. A Jazzy é pior do que eu.
Louis: Aquela da li grita por tudo. Na primeira vez dela comigo...
Lucy: Para, não acredito que a primeira vez dela foi com você. Como assim?
FLASH BACK off
Que dia viu. Eu voltei pra casa revoltada com a Jazzy por não ter me falado que foi com ele. Que puta, ela gostava do Lucas, pelo menos era isso que eu sabia. Fiquei mais ou menos uma semana sem falar com a Jazzy.
Mas o Louis era um safado também, e a Jazzy uma atirada.  Sinto tanta falta que as vezes da uma dor no coração. 
Olho para o Justin e pego o Chaz dando um papelzinho pra ele, que logo trata de colocar no bolso. Ele olha pra mim pelo retrovisor mas disfarço voltando a olhar pra rua.
O que tem escrito nesse papel? Porque parece tão desconfiado?
Justin virá a direita, e entra em um estacionamento.
Chaz: Melhor lugar.
Justin sai e abre a porta pra mim. Chaz vai na frente, enquanto o Justin pega o celular dentro do carro e segura minha mão.
ANDAMOS DE MÃO dada até a frente do restaurante. Sinto um pouco de frio, e aperto o casaco ao meu corpo.
Justin: Está com frio?- ele me puxa pra perto dele me abraçando com força
Lucy: Bem melhor agora. - sorrio pra ele
Justin me leva até a mesa onde o Chaz já está sentado, e puxa a cadeira pra mim. O lugar é pequeno, mas é confortável e não faz tão frio aqui dentro. Nunca tinha vindo aqui.
Chaz: Gostou?
Lucy: É bem legal.
- Boa noite. - a garçonete cumprimenta a gente- O que vai querer hoje Sr Justin, Chaz.
Ela conhece os meninos?
Justin: Olá Danda. - ele sorri calorosamente pra ela.- quanto tempo.
Danda: verdade. Nunca mais ti vi aqui.
Justin: Parei um pouco de viajar.
Danda: Como está a... como é o nome dela mesmo?
Justin: Grace. - Justin sorri timidamente
Danda: Isso. A última vez que ela veio aqui foi a duas semanas atrás. Ela não me reconheceu, mas eu reconheci ela. -
Chaz: Opa.
Como assim semana passada ela estava aqui? Eu pensei que ela nem existia mais.
Danda: Eu falei com o irmão dela também. Eles falaram que agora se mudaram pra cá. Acho que você veio com ela também né?
Não estava acreditando no que tinha acabado de ouvir. Ela está morando aqui a pouco tempo, e a gente viaja de uma hora pra outra pro mesmo lugar. Eu não queria nem pensar na possibilidade de eu estar aqui só por causa dela. Não posso nem imaginar que o Justin está me fazendo passar por essa humilhação.
Lucy: Mentira, ela está morando aqui? Poxa, que coincidência a gente ter vindo logo agora que ela se mudou né Justin?- Falo, tentando manter a calma
Justin: Danda, está é a Lucy.
Danda: Nossa, como ela se parece com a Grace. Você é alguma prima dela, algo do tipo? Meu Deus, parece tanto. Nem tinha reparado você ai. - ela me lança um sorriso amigável.
Lucy: Não. Não sou nada dela.- olho séria para o Justin
Chaz: Danda trás três cerveja pra gente por favor.- Chaz tenta quebrar o clima
Lucy: Um vinho está ótimo pra mim por favor.
Danda: Então ta. E o que vocês vão querer pra comer?
Chaz: trás aquele de sempre. Quero que a Lucy prove do melhor prato que tem aqui.
Lucy: Eu não estou com fome Chaz. Pede só pra vocês dois.
Justin: Você precisa comer Lucy, não comeu nada desde a hora que chegou.
Lucy: Eu não quero. -falo fria
Mantive minha frieza até o resto da refeição. Eu estava tentando acreditar que nossa vinda pra cá não tinha nada haver com a Grace. Eu estava implorando a Deus pra que tudo que tivesse de acontecer fosse o menos doloroso possível. Porque eu já me encontrava com lágrimas nos olhos, mas eu não quero chorar. Eu não posso chorar, não em público. Tive que ouvir a história dos dois durante o jantar inteiro. Danda sentou com a gente e conversou sobre tudo. Ela parecia tão legal, mas já estava me irritando.
Lucy: Eu quero ir embora.-levanto da cadeira um pouco zonzo por causa das várias taças de vinho que bebi e de barriga vazia.
Justin: É, acho melhor a gente já ir mesmo. Você está bem?- ele tenta me segurar
Lucy: Estou ótima. - dou meu melhor sorriso pra ele- obrigada pelo o jantar, o lugar é ótimo!
Danda: Eu que agradeço. Voltem mais vezes e tragam a Grace com vocês.
Lucy: Com certeza ela vai estar presente na próxima.
QUANDO CHEGO EM casa, tiro os brincos, o colar, o sapato, as roupas, coloco minha roupa de dormir e deito na cama. Chaz iria dormir aqui hoje.
O Justin entra no quarto, tira a roupa e deita do meu lado.
Justin: Lucy...
Lucy: Que foi?
Justin: Não é nada disso que você está pensando.
Lucy: E o quê é que eu estou pensando Justin?
Justin: Sobre a Grace, por ela está aqui. Eu nem sabia disso.
Lucy: Sabe o mais chato disso? É que eu estou me perguntando se essa vinda pra cá tem haver com ela.
Justin: Não. Não tem nada haver. Vim resolver problemas da empresa. E você acha mesmo que se fosse por causa dela eu iria te trazer?
Lucy: Eu realmente espero que não.
Desligo a luz do abaju e vou dormir.
O meu celular toca , acordando-me de um sonho. Justin não está do meu lado. Pego meu celular e desligo o alarme. É tão cedo ainda, 07:30 da manhã.
Sei que eu não vou conseguir voltar a dormir, não aqui em Nova York, então resolvo levantar. Tomo banho e me visto, escovo meus cabelos e deixo ele solto pra secar naturalmente. Quando vou pra sala encontro o Chaz sentado no sofá, assistindo o noticiário.
Lucy: Bom dia.
Chaz: Ah,  bom dia.
Lucy: Você não tem cara de que acorda cedo.
Chaz: As pessoas tem razão em falar que Nova York é a cidade que nunca dorme.
Lucy: É mesmo. - sento do lado dele- Cadê o Justin?
Chaz: Ele mandou dizer que deu uma saidinha pra resolver um problema ai.
Lucy: Hm.
Eu resolvi deixar de lado toda essa história de Grace. Nova York é grande, e o Justin não deve ter vindo por causa disso. Acho que não chegaria a esse ponto. Então estou um pouco mais tranquila.
2 dias se passaram
Justin ON
Eu estive a poucos dias de procura Grace. Sabia onde ela se encontrava, sabia cada passo que ela dava. Tinha mandado o Chaz se encontrar com ela, e eles bateram um papo bem longo. Ela chegou até dizer que sentia minha falta, mas que a decisão de partir foi necessária e foi beneficiada. Mas pra quem foi esse benefício? Pra mim? Se ela acha que o beneficiado foi eu ela estava muito enganada. Porque não teve um só dia se quê que eu não sofresse pela falta dela. Mas com ela bem perto de mim faz com que ela não possa nunca mais tomar uma decisão dessas. No salão enorme do prédio sentado, avistei Grace bem antes de ela pisar na sala.
Ela ainda estava mais linda do que antes. Os cabelos ondulados até os ombros ficaram perfeito com o formato do seu rosto, o corpo pegou mais curvas e mais uma vez ela estava linda.
Ela não tinha notado minha presença ali, mas não deixei passar mais um minuto sem poder falar com ela. Levantei da cadeira em que estava sentada e entrei no elevador onde ela estava de costas se olhando no espelho. Pela graça de Deus, não tinha ninguém no elevador o que significava que tudo conspirava ao meu favor.
Seu olhar cruzou com os meus no espelho, e por um instante pensei que ela iria desmaiar bem ali. Surpreendida e assustada com sua própria reação depois de anos sem me ver, ela virou devagar e ficou frente a frente comigo.
Justin: Grace. - me atrevi a tocar seu rosto
Lágrimas brotaram dos olhos dela, deslizando pelo seu rosto e chegando a palma de minhas mãos.
Justin: É você.- coloquei a minha outra mão em seu rosto e limpei as lagrimas e depois passei o polegar em seus lábios
Grace: Oh meu Deus. - ela respirou fundo
Justin: Eu estou com tanta raiva mas com tanta saudades que eu não sei se te abraço ou... ou. Caramba, depois de muito tempo é você.
Grace: Eu senti tanta sua falta.- ela se jogou em meus braços.
O tempo parecia ter parado quando ela envolveu seus braços em minha cintura. Acreditar que era ela nos meus braços não era uma coisa fácil.   Mas era ela, era minha Grace, um pouco mais alta, mas minha Grace. Beijei o topo de sua cabeça e retribui o abraço o mais forte possível, e ficamos ali até a porta do elevador se abrir.


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Postei!